Que Cena!

Bem, a pedido de várias entidades (leia-se "do gordo") ai vai a minha primeira critica cinematográfica para este blog (na realidade até é a segunda, a primeira tá algures perdida ai no meio dos comentários). E o filme em questão é...

Running on Empty (Sidney Lumet, 1988)

Ora bem, River Phoenix, diz-vos alguma coisa? Se responderam não, então tomo a liberdade de vos poder chamar incultos do c*ralho! Quem é que não se lembra desse menino de ouro que tão bem interpretou o jovem Indiana Jones no 3º (e na minha opinião último filme da saga). Não se lembram? Então vejam lá:

Melhor que isto não posso fazer. pois bem, este jovem no seu tempo chegou a ser considerado o novo James Dean. E não era para menos, uma vez que cagava estilo e tinha uns cabelos lindos! (Esta aqui foi uma private, não era dirigida para os leitores regulares do blog). E antes de começar a análise do filme vou falarvos um pouco dele. MORREU! Pois foi, corria o ano de 1993 e no dia 31 de Outubro com apenas 23 anos este senhor faleceu devido a uma overdose à porta da discoteca (ou bar) de um outro senhor chamado nada mais nada menos que Johnny Depp. Ao que parece todos os irmões e irmães deste senhor são actores de renome (Joaquin Phoenix rings a bell?) tirando uma que preferiu ir para o negócio de venda de tartes (tarteira, para abreviar). River Phoenix ficou conhecido por filmes como o já referido Indiana Jones and the Last Crusade, My Own Private Idaho, Stand by Me e este Running on Empty que lhe valeu uma nomeação para o óscar de melhor actor secundário.

E já chega de falar do menino, passemos ao filme.

Ora para quem não sabe este clássico dos anos 80 foi realizado por outro senhor chamado Sidney Lumet (que também MORREU, mas foi recentemente e já velhinho), responsável pela criação de clássicos como:

- The Network

- Dog Day Afternoon

- Murder on the Orient Express

- e o mais aclamado dele... 12 Angry Men

e ali estava eu na cinemateca sem saber o que esperar. O filme é bastante straight to the point até. Não é pretencioso. Não é uma obra prima como nunca ninguém havia visto antes. Apenas quer contar uma história e fá-lo muito bem. Basicamente fala de uma família que se encontra a monte e é procurada pelo FBI. Porquê? Aparentemente a mamã e o papá eram daqueles extremistas anarco neo-liberais ou qualquer coisa do género e decidiram rebentar com um sitio qualquer porque ya, nao gostam do sitema? Rebentem com ele! Só que infelizmente a instalação atacada deveria estar vazia mas um sr. empregado da limpeza sofreu danos colaterais. E pronto, eles estão fugidos e essa é a premissa do filme. Só que com eles levam os dois filhos que têem, e que apesar de não terem feito nada, crescem neste meio de fuga e vêem-se privados de uma vida dita normal. E no seio (adoro esta palavra) da história vemos o Danny Pope, ou Michael Manfield (interpretado pelo River Phoenix), sair da sua adolescência para se tornar adulto. E todas as questões morais acerca de seguir o seu caminho ou continuar com a famélga são levantadas nesse processo. Acontece que o miudo é um génio e toca Beethoven tão bem como o Sérgio toca pífaro, e como tal queria seguir carreira nesta cena da música clássica. E mais não digo senão spoilovos isto tudo e perde a piada. O filme é longo, tem um ritmo muito parado, tem bons diálogos e personagens muito bem estudadas. Mas não há twists, não há imprevisibilidades e podem mesmo chegar à conclusão que o filme mal se desenvolveu nas suas 2 horas de duração. Mas isso são tretas...

O Bom:

- River Phoenix

- Personagens muito bem estudadas

- River Phoenix

- O argumento

- River Phoenix

- A cena da festa de anos da mãe que não vou spoilar (opah tao linda!!!)

- Já disse River Phoenix???

O Mau:

- Para os standards de hoje não é nada do outro mundo

- Muito linear

- História demasiado curta para um filme de duas horas

Nota final:

3.5 / 5

(isto só porque é demasiado bom para ter só 3, mas não acho que seja bom o suficiente para um 4, vou guardar os 4's e os 5's para outros que me surpreendam mais)